O que fazer em Dublin: Roteiro de 2 dias

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A capital irlandesa foi no passado palco de diversas guerras e conflitos, mas no século XX conseguiu conquistar sua independência e consolidar sua identidade.

Famosa por seus pubs, pela cerveja Guinness e povo animado, Dublin é uma cidade moderna e próspera, repleta de jovens que se instalam na cidade para estudar e trabalhar.

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Dublin

É super fácil se localizar e se locomover na cidade, já que o transporte público é eficiente.

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Dublin

Além disso, também dá pra fazer muita coisa a pé, uma vez que muitas atrações turísticas estão concentradas.

DIA 1

Para ajudar a se localizar bem em Dublin nada melhor do que começar o passeio pela O’Connell Street, a avenida mais movimentada da cidade, por onde passa a maioria das linhas de ônibus.

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O’Connell Street

Repleta de monumentos, esculturas e bonitos prédios, como o dos Correios, a sugestão é cruzá-la a pé pra apreciar tudo isso de perto.

Lá fica um dos monumento mais famosos da cidade, o “The Spire”, que significa “Monumento da Luz”.

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Monumento The Spire

A obra de 120m de altura é considerada a escultura mais alta do mundo e foi construída durante o projeto de revitalização da região, no final dos anos 90.

Do outro lado do rio Liffey, ao cruzar a O’Connell Bridge, chegamos num dos programas mais imperdíveis da cidade, a Trinity College.

Essa é a maior e mais antiga universidade do país, fundada em 1592 pela Rainha Elizabeth I. Por lá passaram grandes personalidades, como os escritores Oscar Wilde e Jonathan Swift.

Pra conhecer melhor a história da universidade, a sugestão é fazer uma visita guiada com duração de cerca de 30 minutos. Vale super a pena porque há lendas e curiosidades muito interessantes sobre o lugar!

No fim da visita é hora de conhecer um verdadeiro tesouro guardado na biblioteca da Trinity College, o Livro de Kells, manuscrito de 680 páginas escrito por monges irlandeses por volta de 800 A.C.

É preciso encarar uma fila razoável pra entrar na biblioteca, mas não é pra menos, o livro é considerado uma das obras mais importantes do cristianismo celta.

Vale dizer que não é permitido tirar fotos do manuscrito!

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Biblioteca do Trinity College

O Livro de Kells começou a ser escrito num mosteiro em Iona, pequena ilha na Escócia, e foi concluído mais tarde em Kells, no condado de Meath.

Após sua conclusão, os monges o enterraram para que não fosse descoberto pelos vikings. Somente em 1653 passou a fazer parte do acervo da biblioteca da universidade.

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Biblioteca do Trinity College

Bem pertinho dali fica a Grafton Street, via de pedestres e paraíso pra quem gosta de fazer compras. Mesmo que não seja o seu caso, vale a pena passar por lá, há vários cafés, restaurantes e artistas de rua.

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Grafton Street

Ali perto, na Suffolk Street fica uma escultura famosa da cidade, a de Molly Malone.

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Escultura de Molly Malone

Ela é um personagem ícone de Dublin, pois dizem que ela era uma mulher linda que circulava pelas ruas da cidade a vender seu peixe, nos tempos em que a fome assolava o país.

Depois de passear pela Grafton Street, é hora de conhecer uma das áreas verdes mais bonitas da cidade, o St Stephen’s Green.

Esse parque público super arborizado fica repleto de jovens, já que está bem próximo da universidade. Vale a pena caminhar por lá, descansar um pouco e se o tempo estiver bom, improvisar um piquenique no gramado.

Do parque seguimos para o Castelo de Dublin, símbolo da dominação inglesa no país.

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Castelo de Dublin

Foi inicialmente construído no século XIII como uma fortaleza para proteger a cidade de invasões.

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Castelo de Dublin

Ao longo dos séculos foi sendo construído e reconstruído e utilizado para diversos fins, como por exemplo: forte militar, prisão, tribunal de justiça e durante 700 anos como prédio da administração inglesa.

A melhor forma de conhecer o prédio é com a visita guiada, já que ela permite o acesso às salas onde acontecem recepções importantes e eventos presidenciais, a Capela Real e uma parte subterrânea onde se encontram vestígios de uma antiga torre da construção.

Por fim, vale a pena dar um pulo no pequeno jardim do castelo, na parte dos fundos do prédio.

Agora seguimos a pé durante 4 minutos até a Christ Church Cathedral, principal templo católico do país.

Fundada em 1028, a Igreja de Cristo abriga algumas relíquias, como uma cripta medieval, que é a estrututa mais antiga da cidade, e o pedaço de um berço que pertenceu a Jesus.

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Christ Church Cathedral

Na sequência, siga até outra catedral famosa da cidade, a St Patrick.

A St Patrick’s Cathedral foi erguida no século XII em homenagem ao santo padroeiro da irlanda, São Patrício, exatamente no local onde acredita-se que ele batizava os fiéis.

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St Patrick’s Cathedral

O interior da catedral é lindo e abriga restos mortais de diversas personalidades, dentre elas o famoso escritor irlândes Jonathan Swift, autor de “As viagens de Gulliver”.

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St Patrick’s Cathedral

Pra fechar o dia com chave de ouro vá para o Temple Bar, região repleta de pubs e restaurantes que fica super animada, especialmente durante a noite.

Minha sugestão de restaurante por ali é o Quays Irish Restaurant, onde comi um dos pratos mais maravilhosos da vida, o Slow Cooked Beef & Guinness Stew, que é um ensopado de carne com vegetais que leva vinho tinto e cerveja Guinness, simplesmente perfeito para dias frios! Deu até água na boca só de pensar…rs

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Uma das melhores lembranças de Dublin…rs

Quanto aos pubs, lá você encontra desde os mais antigos com música tradicional irlandesa, até outros que tocam o bom e velho rock and roll. Como a entrada é gratuita, você pode ir mudando de pub ao longo da noite, mas atenção: quanto mais tarde, mais difícil de conseguir entrar num pub, pois todos ficam muito cheios!

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Pub lotado no início da madrugada

O mais famoso e tradicional da região é o Pub The Temple Bar.

Fundado em 1840, além da tradicional música irlandesa tem um menu super variado de comida tradicional, cervejas e uísques.

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Pub The Temple Bar

Ao pedir seu pint de Guinness num dos pubs, brinde como um irlândes e diga “Sláinte”, que quer dizer saúde em celta.

Se pronuncia na verdade “Slôntcha” e tem que olhar nos olhos das pessoas com quem estiver brindado, prática bem-vinda inclusive em qualquer lugar do mundo.

DIA 2

Pra começar o segundo dia em Dublin com o pé direito vá direto para uma das cervejarias mais famosas do mundo, a Guinness Storehouse.

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Guinness Storehouse

Na parte da manhã o museu é mais vazio, mas ainda assim você pode comprar os tickets pela internet para economizar tempo quando chegar lá e principalmente dinheiro, já que tem desconto pela internet.

O museu fica num prédio de 7 andares que tem formato de uma pint gigante de cerveja, Guinness, é claro! rs

O museu é super moderno e interativo, e ao longo da visita é explicado o processo de fabricação da Guinness e também são expostos vídeos e objetos que contam um pouco a história do fundador e da evolução da marca ao longo dos anos.

O ticket de entrada dá acesso ainda a uma breve aula de como tirar o pint perfeito de Guinness e oferece uma degustação da cerveja.

O fim da visita acontece no último andar do prédio, no Gravity Bar, onde você retira um pint de Guinness e aprecia a vista 360° da cidade.

Se a essa altura já bater uma fome, há algumas opções de restaurantes no prédio que servem almoço. Ah…não deixe de conferir a lojinha na saída do museu, tem vários itens interessantes, inclusive umas barras de chocolate com Guinness que são bem gostosas.

A cerca de 20 minutos a pé dali fica a próxima parada do dia e um dos museus mais visitados da cidade, o Kilmainham Gaol.

O museu fica no prédio onde funcionava uma prisão entre 1796 e 1924, que abrigava muitas personalidades que lutavam pela independência do país, além de muitos civis, entre eles mulheres e crianças. É uma ótima oportunidade pra conhecer um pouco mais da história da Irlanda.

Perto dali fica o Phoenix Park, o maior parque urbano da Europa.

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Phoenix Park

Como ele é gigante (2x maior que o Central Park de NY), se você não tiver tempo ou disposição, pode apenas dar uma voltinha na entrada do parque, onde tem um lindo lago (foi o nosso caso).

Caso queira explorar um pouco mais, lá dentro fica o Parque Zoológico da cidade e até a residência do presidente.

Na volta pro centro da cidade, cruze a Ha’Penny Bridge, ponte mais antiga da cidade (1816).

Seu nome vem de “half penny”, ou seja, meio centavo, valor que cada morador tinha que pagar de pedágio se quisesse cruzar o rio. Essa regra durou 100 anos, e mesmo com o aumento do valor do pedágio, o nome Ha’Penny pegou e ficou até hoje.

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Ha’Penny Bridge

Depois, flane pelas margens do rio Liffey pra contemplar a arquitetura, que mescla prédios antigos com outros bem modernos.

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Rio Liffey
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Flanar pelas margens do rio Liffey

Para o jantar, uma opção inusitada é o The Church Bar & Restaurant, restaurante que funciona dentro de uma igreja do século XVIII. É super badalado, não só por ser dentro de uma igreja, mas também pela qualidade do menu.

Se sobrar disposição, de lá volte para o Temple Bar e entre em outros pubs que não deu tempo de conhecer na noite anterior.

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Sláinte!!!

😉

Melissa

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