Há os que amam e os que não suportam Londres. Divergências a parte, finalmente conheci a cidade e pude tirar minhas próprias conclusões. Resultado? Saí apaixonada e já desejando morar uma temporada por lá…rs
Achei Londres super cosmopolita, despretensiosa e descolada. O famoso “tempo cinzento” da cidade quase não deu as caras e no lugar dele teve céu azul e muito sol 🙂
Ao preparar o roteiro para nossa viagem quase fiquei doida, afinal tínhamos programado apenas 3 dias em Londres e seria nossa primeira vez na cidade! Porém, o resultado foi um roteiro incrível, um mix de museus, principais atrações turísticas, feiras ao ar livre, pubs e bairros interessantes!
Não deixe de conferir também no final do post algumas dicas práticas, como os tipos de bilhete de transporte pra se locomover em Londres e como ir de alguns aeroportos até o centro da cidade!
DIA 1
Nosso primeiro dia em Londres era um sábado, portanto, logo de manhã fomos para o charmoso bairro de Notting Hill, melhor dia para conhecer a famosa feira na Portobello Road.

Além das lojas abertas, aos sábados há muitas barracas na avenida, onde você encontra literalmente de tudo: roupas, artigos vintage, discos, objetos de decoração, souvenirs, barracas de comida e por aí vai…
Aos sábados a feira funciona das 9h as 19h e o segundo melhor dia da feira é as sextas-feiras, mesmo horário.
Me surpreendi com a quantidade de gente na feira, a grande maioria turistas! Apesar da multidão, adorei passear pela Portobello Road, e principalmente buscar os famosos endereços do filme “Um lugar chamado Notting Hill”, clique aqui pa ver o post “Um lugar chamado Notting Hill: o que fazer em Londres”

De lá, fomos caminhando por ruas mais tranquilas de Notting Hill (com casas lindinhas!)…
…até chegar ao Kensington Garden, jardins do Palácio de Kensington, onde moram William e Kate.
Apesar do Kensington Palace ser uma das moradias oficias da coroa britânica, o prédio funciona também como uma espécie de museu, já que lá acontecem algumas exposições temporárias. Clique aqui para obter mais informações sobre a visita ao Palácio.
Vistamos somente o jardim do palácio, que é gratuito e lindo!
Ao sair de lá, contornamos o lago do parque e seguimos até a Princess Diana Memorial Fountain no Hyde Park.

A fonte foi inaugurada em 2004 em memória à Princesa Diana e o lugar fica repleto de crianças que utilizam o lugar como uma espécie de parque aquático…rs Muito bacana!
Depois cruzamos todo o Hyde Park e saímos sentido Oxford Street, para então ir até o British Museum.
A Oxford Street é uma grande avenida de compras, mas caso esteja cansado de andar e queira pular as compras, como era nosso caso, é possível pegar o ônibus 73 na saída do parque, que atravessa toda Oxford Street e passa próximo ao museu. Afinal, andar de ônibus em Londres é também atração turística! rs
Um dos maiores museus do mundo, o British Museum conta em seu acervo com mais de 8.000 itens, entre eles: máscaras astecas, esculturas egípcias e gregas, moedas do período helenístico, além da Pedra Roseta e partes do Parthenon de Atenas.
Assim como outros importantes e incríveis museus de Londres, o British Museum é gratuito. Abre diariamente das 10h as 17h30 e as sextas-feiras até as 20h30.

Ao sair do museu, demos uma passada rápida em Piccadilly Circus, praça que está situada no cruzamento das ruas Regent Street, Shaftesbure Avenue, Piccadilly Street e Haymarket Street.

O lugar ganhou fama pelos painéis publicitários gigantes e a estátua de Eros, um anjo feito todo em alumínio. Na região tem uma concentração grande de teatros, portanto, caso queira assistir um musical ou qualquer outro espetáculo, pode ser interessante reservar uma noite para ir passear por lá.
Para finalizar nosso primeiro dia em Londres, escolhemos o famoso e descolado bairro de Camden Town, onde nasceu e viveu a incrível cantora Amy Winehouse.

É um lugar diferente de todos os outros pelos quais passamos em Londres, muito colorido, repleto de lojas ecléticas, arte de rua e diversos bares interessantes!
Alguns bares ficam num ponto do Regent’s Canal, um famoso canal da cidade.
Como estava calor e o mundo estava na rua, não conseguimos achar um lugar para sentar nos bares próximos ao canal. Acabamos indo parar no Pub “The Elephant’s Head”, que fica numa esquina perto do burburinho.

Lá aproveitei pra provar a bebida do verão londrino, a Pimm’s, feita a base de gin, “lemonade”, frutas como morango e laranja, folhinhas de menta, rodelas de pepino e muito gelo. Super refrescante! Os pubs vendem esse drink somente na primavera e verão.

Quando a fome bateu, seguimos para o Marathon Kebab, onde Amy era frequentadora assídua.

Como o restaurante ficava sempre aberto até de madrugada, era pra lá que o pessoal ia comer e continuar bebendo. Dizem que várias vezes Amy deu uma canja improvisada no lugar. Quanto ao kebab…nada demais! rs
DIA 2
Começamos o dia numa rua da zona leste da cidade, a Brick Lane, onde acontece um mercado de rua incrível (mais completo aos domingos – 10h as 17. Aos sábados funciona das 11h as 18h). Definitivamente foi uma das coisas que mais gostei na cidade!

O bairro tem uma cara diferente, é uma região de Londres que sempre foi mais marginalizada e tem sido revitalizada nos últimos anos. Tem muitas lojas moderninhas, barracas de roupas (bonitas!), objetos de decoração e principalmente comida!
Faça um favor a si mesmo e vá de estômago vazio, assim você vai poder provar bastante coisa. Tem comida de todos os cantos do mundo, dá até um desespero pra escolher o que comer.
O Diogo provou o famoso bagel da “Beigel Bake” e eu uma panqueca da Malásia, simplesmente fantástica.
Perto dali fica outro mercado bacana, o Spitafields Market, que funciona todos os dias e vende também de tudo um pouco: roupas, bijoux, objetos de decoração, quadros etc… É lá também que artistas que estão começando a carreira, seja como designer, estilista…whatever, vão estar apresentando seu trabalho.
De estômago cheio seguimos a pé para a Tower of London, mas no caminho aproveitamos pra descer a rua St. Mary Axe e conferir o arranha-céu Gherkin, que é um prédio comercial e residencial com design inovador e um cartão postal da cidade.

Já na Tower of London, entramos para conhecer esse lugar que é um dos monumentos mais antigos e importantes da cidade.

Foi ali que a cidade de Londres começou, a mais de dois mil anos atrás pelos romanos. Mais tarde foi construída ali uma fortaleza, para proteger a entrada da cidade pelo rio Tâmisa.
Ao longo dos séculos o local serviu também como palácio, prisão e local de diversas execuções.

Para entender todo esse complexo histórico, fizemos a visita guiada com um dos guardas aposentados do castelo, que são os Yeomen Warders (a visita já está inclusa no bilhete de entrada e começa a cada 30 minutos).
Os Yeomen foram introduzidos na Torre de Londres em 1485 para reforçar a segurança do local e hoje são um ícone famoso dessa atração, que é uma das mais visitadas da cidade.

A visita guiada acontece em inglês e dura cerca de 1h. O guarda conta a origem e evolução da construção e histórias interessantes que aconteceram ali de uma maneira bem divertida. As crianças ficam com os olhinhos arregalados.
Na sequência encaramos a fila (cerca de 30 minutos) para conhecer as jóias da coroa britânica, que claro, são magníficas (proibido tirar fotos lá dentro). São muitas coroas, espadas, diamantes…
Ainda no complexo, visitamos a White Tower, que é a construção mais antiga da Torre de Londres e onde são expostas armaduras reais e armas de guerra.
O lugar é enorme e dá pra passar horas lá dentro, mas optamos por fazer uma visita de umas 3h no máximo, afinal, ainda tínhamos o que ver e fazer em Londres.
Ao sair de lá, atravessamos a linda e emblemática Tower Bridge.
Depois fomos caminhamos às margens do rio Tâmisa até o Tate Modern, que é o museu de arte moderna de Londres.
O prédio com visual meio industrial abriga desde obras clássicas dos famosos Miró, Salvador Dalí, Picasso etc…até obras e instalações de novos artistas. O museu é enorme e gratuito, exceto algumas salas onde acontecem exposições temporárias.
É possível subir no terraço do prédio (décimo andar) para ver Londres do alto, mas confesso que não achei a vista incrível, não é um must do.
Ao sair de lá, atravessamos a Millenium Bridge, que fica em frente ao museu.
Do outro lado do rio, já saímos em frente a Saint Paul’s Cathedral, onde aconteceu o casamento da Lady Di e o Príncipe Charles.

Depois de conferir a catedral por dentro fomos até o terraço de um shopping que fica logo atrás da Catedral, o One New Change. Não paga nada para acessar o local e de lá se tem uma linda vista da cidade. Caso já esteja cansado, aproveite para descansar num bar que tem no local.
Pra curtir o final de tarde, pegamos o ônibus 23 – Westbourne Park para passear por Covent Garden, mais uma região interessante de Londres, cheia de mercados, lojas e pubs.
Para dar uma relaxada, elegemos o Pub Craft Beer Co., onde há inúmeras opções de cervejas.

DIA 3
No último dia já estávamos saudosos de Londres, que sonho essa cidade!
Reservamos para a manhã uma visita ao Palácio de Buckingham, que é aberto anualmente ao público durante o verão/outono (em 2016: de 23.07 a 02.10). O Palácio funciona como escritório e residência da rainha durante a semana. Nos finais de semana ela fica no Palácio de Windsor.

O ingresso para visitar os State Rooms (19 salas onde ocorrem cerimônias oficiais) custa £21.50 e é super recomendado reservar os ingressos online, onde deverá decidir o dia e o horário da visita. Clique aqui para mais informações. Minha dica é reservar para o início da manhã, pois com o passar das horas fica cada vez mais lotado.
A visita dura cerca de 2h30, período em que circulamos livremente pelas salas com a ajuda de um audioguia, incluso no valor do ingresso (tem em português do Brasil).
Não é permitido tirar fotos lá dentro, mas dá muitaaa vontade! É tudo incrível, a decoração, os lustres, um espetáculo. Em comemoração ao aniversário de 90 anos da rainha está acontecendo no Palácio uma exposição sobre o guarda-roupa dela, onde são apresentados diversos vestidos que mostram o desenvolvimento de seu estilo ao longo das décadas. Tem o vestido de seu casamento, o de sua coroação, a coleção de chapéus…
No fim da visita chegamos ao jardim, onde é permitido tirar fotinhos!
Caso você visite Londres fora desse período onde o Palácio está aberto ao público, uma opção é ir até lá para assistir a “Troca da Guarda”, onde acontece a cerimônia mais famosa.
A troca da guarda acontece diariamente entre os meses de maio a julho, e em dias alternados no restante do ano. Como o calendário não é fixo, caso queira assistir é bom checar as datas exatas: Clique aqui para conferir!
Quando saímos da visita ao Palácio, estava acabando a cerimônia e me espantei com a quantidade de gente no local.
De lá fomos caminhando até a Westminster Abbey, local de coroação e casamentos reais. É preciso pagar para entrar e o valor é àquele padrão das atrações pagas em Londres, muito caro (£20)!. Clique aqui para mais informações.
Depois seguimos andando até o famoso Big Ben, apelido do sino que reside na torre do relógio do Palácio de Westminster.

Oficialmente o nome do sino é Great Bell, o do relógio, Great Clock e o da torre onde eles estão, Elizabeth Tower, mas o apelido “pegou” de uma tal maneira, que todo mundo se refere à coisa toda como Big Ben.
Caso queira entrar no prédio e conhecer um pouco mais sobre o sino, o relógio e a torre, é possível. Clique aqui pra saber mais.
A essa altura chegamos às margens do rio Tâmisa e já avistamos a famosa roda-gigante, a London Eye. Refletimos muito se seria imperdível ou não passear nela (ela dá uma volta que dura cerca de 30 minutos), mas não fui convencida.

A vista realmente deve ser muito bonita, mas eu estava mais interessada em bater perna e sentir a cidade, afinal, tínhamos pouco tempo. Clique aqui para saber mais informações sobre os horários e valores de ingresso da London Eye.
Para finalizar nosso dia e nossa viagem à Londres, fomos conhecer a National Gallery, onde há centenas de obras, incluindo Renascimento, Romantismo, mestres holandeses do século 15 e impressionistas.
Como os demais museus, é enorme e gratuito. Elegi como meu preferido! Na loja do museu há muitos livros incríveis e alguns bem baratos, vale a pena conferir!
DICAS ÚTEIS
AEROPORTOS – Chegando em Londres
Luton Airport
Nós chegamos em Londres por esse aeroporto, que fica a 54 km ao norte do centro de Londres (longeeee…). De lá para o centro de Londres há duas opções: Trem e Ônibus.
O trem é a opção mais rápida (leva cerca de 40 minutos), porém também mais cara. Ele te deixa em uma dessas duas estações: London Bridge ou King Cross. Clique aqui para conferir os valores exatos.
Já o ônibus, é mais barato e o trajeto demora quase o mesmo tempo (cerca de 50 minutos), depende do trânsito da cidade. Clique aqui para conferir os valores exatos.
Heathrow Airport
Como é o maior aeroporto da cidade, compartilho aqui com vocês as opções de transporte para chegar ao centro de Londres, que fica a 25km ao oeste da cidade.
A opção mais barata é pegar o metrô (Piccadilly Line). O trajeto demora de 1h30 a 2h.
Uma opção intermediária em termos de valores é o Heathrow Connect (custa cerca de 2 X que o metrô), trem que conecta o aeroporto com a estação Paddington. Como ele faz algumas paradas, o trajeto leva cerca de 45 minutos.
Por fim, a opção mais rápida (cerca de 20 minutos) e mais cara (custa cerca de 3 X mais que o metrô) o Heathrow Express, trem expresso, ou seja, não faz paradas, que conecta o aeroporto com a estação Paddington.
TRANSPORTE – Andando por Londres
A cidade de Londres está dividida em 9 zonas tarifárias. As principais atrações turísticas estão entre as zonas 1 a 3, porém se for sua primeira vez na cidade, como era nosso caso, tem grandes chances de você não sair da zona 1 e fazer muita coisa a pé.
Pra terem uma ideia, a única coisa que fizemos fora da zona 1, foi o bairro de Camden Town, que é zona 2.
Por isso, vale a pena considerar a localização de onde estará hospedado e as atrações que irá visitar antes de optar por um modelo de bilhete de transporte.
Existe o OYSTER “TRAVEL CARD”, cartão de transporte de 1 semana, 1 mês, 3 meses e 1 ano, para usar livremente o transporte público da cidade no período.
Outra opção, a que utilizamos, é o OYSTER “PAY AS YOU GO”, que é bem assim, você paga de acordo com o tanto que utiliza. É bem prático de comprar e usar! Nas máquinas de qualquer estação de metrô você escolhe esse cartão, que custa 5 libras e carrega com o valor desejado (geralmente o valor mínimo é de 5 libras).
A cada vez que você utiliza o cartão é possível saber o quanto você ainda tem de crédito, assim você tem um bom controle. No final da viagem pode se dirigir a uma máquina do metrô para solicitar reembolso do valor remanescente do seu OYSTER e ainda recuperar o valor de 5 libras pagos inicialmente para utilizar o cartão.
Observamos que andar de ônibus é mais barato do que o metrô na cidade. Caso tenha acesso a internet na rua, vale a pena utilizar o aplicativo Citymapper, que traça as rotas entre as atrações, as opções dos meios de transporte e os respectivos valores.
Enjoy London 🙂

Parabéns pelo post, esta sensacional. Fiquei até com vontade de conhecer Londres.Bjs