O que fazer em Bratislava: roteiro de 6 horas na capital da Eslováquia

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Todos se lembram da antiga Tchecoslováquia, certo? Entre 1918 e 1992, o país era formado pela República Tcheca e pela Eslováquia, que se “divorciaram” em 1993, quando se tornaram duas repúblicas independentes.

A Eslováquia, que ainda possui fortes traços da ocupação comunista, se tornou membro da União Européia em 2004 (o país utiliza o Euro como moeda), mas ainda está longe de ser uma destinação turística famosa.

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Detalhe no fundo para os prédios em blocos, todos iguais e coloridos – característica do comunismo

Dificilmente Bratislava é destino final dos turistas, mas a capital eslovaca está ali, entre Hungria e Áustria…então, porque não incluí-la no seu roteiro de viagem pelo leste europeu? 

Ofuscada por outras capitais européias, que de fato são mais interessantes, você pode utilizar Bratislava como base para uma parada estratégica numa viagem de carro pela região (são 3 h partindo de Budapeste e 1h partindo de Viena).

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Centro de Bratislava

Foi o que fizemos…

Saímos de Budapeste com destino à Viena (3h de carro), e no caminho paramos em Bratislava. Como tínhamos comprado bilhetes para a Ópera de Viena naquela noite, tínhamos exatamente 6h pra explorar Bratislava, nem um minuto a mais.

O que mais me motivou a conhecer Bratislava, foi o fato de ter uma grande amiga eslovaca, que sempre me fala bastante sobre a história e tradições do país. Além disso, provei na casa dela um dos pratos que mais amei na vida e queria ter a oportunidade de comer de novo…rs

Chegamos na cidade “coincidentemente” por volta da hora do almoço, timing perfeito para conhecer o restaurante que minha amiga havia indicado, o Zylinder Café & Restaurant.

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Zylinder Café & Restaurant

Deixamos o carro no estacionamento da Ópera (bem central, mas caro!!!) e seguimos para o restaurante, que fica na praça do prédio histórico do Teatro Nacional da Eslováquia, uma bonita construção em estilo renascentista.

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Teatro Nacional da Eslováquia

Clique aqui para ver o mapa do nosso roteiro de 6h em Bratislava.

Passeamos um pouco pela praça, pelas barraquinhas de souvenirs e fomos ao restaurante.

O motivo da minha ansiedade era provar o bryndzové halusky, prato típico da região, que leva queijo, bacon, batata e mais alguns ingredientes que só existem na Eslováquia. Ou seja, aproveite essa oportunidade para comer esse prato, pode ser sua única chance…rs

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Bryndzové Halusky – prato típico da região

Estava MA-RA-VI-LHO-SO…penso nele até hoje…rs

Nos arriscamos nas sobremesas tipicamente eslovacas, mas não gostamos…(não consigo nem dizer o gosto das sobremesas, só sei que parecia qualquer coisa, menos sobremesa).

Saindo de lá, resolvemos entrar nas vielas medievais do Centro Histórico, que apesar de pequeno, é o lugar com maior densidade populacional.

O passeio é super agradável, pois as vielas são somente para pedestres, e há vários bares, restaurantes, lojas interessantes e artistas de rua.

Uma curiosidade dessa área é que a Prefeitura instalou algumas esculturas de bronze inusitadas na tentativa de reavivar o Centro.

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Esculturas no Centro histórico

A mais famosa é a Men at work, ou Cumil, como é mais conhecido o homem que está saindo de um bueiro. Outras são o Schoner Náci (inspirado num morador que era um dos mais elegantes da cidade), o Paparazzi, que fica à espreita com sua câmera fotográfica e o Napoleon’s Soldier apoiado num banco (no mapa do roteiro incluí o Cumil e o Soldado de Napoleão).

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Escultura de soldado de Napoleão – Centro histórico

Seguindo em frente, chegamos ao Portão de Miguel, a única fortificação medieval da cidade que sobreviveu ao tempo. 

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Portão de Miguel

Construído em 1300, por esse portão passaram soldados em batalhas, imperadores recém-coroados e até o famoso músico Beethoven, que morou perto dali.

Após atravessar o Portão de Miguel, chegamos no Palácio Presidencial (Grasalkovicov Pálac), que fica na Hodzovo Námestie, maior praça de Bratislava. Não é possível visitar o prédio por dentro, mas vale a pena passar na frente pra dar uma conferida.

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Palácio Presidencial

De lá, fomos caminhando até um dos maiores símbolos da cidade, o Castelo de Bratislava, que fica no alto de uma colina. É o trajeto mais longo e inclinado do roteiro todo, mas é tranquilo, dá pra ir caminhando sem pressa.

Construído no século X, o castelo foi durante um bom tempo residência dos imperadores húngaros.  Em 1811 foi praticamente todo destruído por um incêndio, e somente a partir de 1956 é que foi iniciado um trabalho de reconstrução.

O castelo abriga um museu, que expõe mais de 250 mil objetos que contam a história do território eslovaco desde os primórdios até hoje. Clique aqui para saber mais sobre o museu.

Como não tínhamos tempo, não entramos no museu, somente apreciamos a vista, onde observamos o lindo Danúbio cortando a cidade.

Em meio a tantas construções antigas, avistamos a moderna Ponte Nova, que foi construída em 1970 e cuja torre de sustentação, que lembra um disco-voador, se tornou um dos cartões postais de Bratislava.

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Ponte Nova – um dos cartões postais de Bratislava

Descemos a colina por umas vielas super charmosinhas e chegamos na Catedral São Martinho (Katedrála Svatého Martina).

Essa Catedral foi construída no século XII e foi por quase 300 anos local de coroação dos imperadores austro-húngaros.

Saindo da Catedral São Martinho nos deparamos logo em frente com os vestígios da antiga cidade fortificada. Vale a pena caminhar um pouco por ali…

Depois voltamos para o lugar onde tudo começou e seguimos viagem para Viena…

Clique aqui para saber quais foram nossos programas em Viena.

Se você resolver ficar mais tempo em Bratislava, aqui vai a indicação de um pub da minha amiga eslovaca, o Beer Palace (fica próximo ao ponto inicial do nosso roteiro). Lá eles servem a tradicional Pilsner Urquell, mas de uma forma bem original, direto do reservatório, sem passar pela pasteurização. Clique aqui para saber mais.

Boa viagem 😉

 

 

 

 

4 comentários Adicione o seu

  1. Marcos disse:

    Obrigado pelo roteiro! Super facilitou minha vida de turista, fiz tudo a pé em uma tarde, acrescentando alguns lugares no trajeto. Foi cansativo mas valeu a pena! 😉

    1. Melissa disse:

      Ah que ótimo Marcos, fico feliz que tenha aproveitado as dicas 😉 Abraços, Melissa

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